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terça-feira, agosto 01, 2006

O Grande Garoto.




Estamos num amplo escritório. Senhores sisudos em seus ternos monocromáticos discutem algo com energia em meio a fumaça de seus charutos. De repente, pela porta entra um garoto sem ser convidado que começa a dar um show de conhecimento sobre o tema, mostrando habilidade e modernidade para os olhares atônitos desses senhores. Pois foi exatamente isto que o jovem britânico Jamie Cullum fez ao entrar no templo do Jazz mundial de calças curtas e tênis All Star com seus dois últimos e refinados CDs "Twenty something" (Universal -2004) e agora com "Catching Tales" (Universal- 2005). É notório que Jamie Cullum concorre com suas companheiras de saias Dianna Krall, Joss Stone e Nora Jones ao posto de maior nome da nova geração jazzística, mas felizmente com algo a mais. Cullum arrasa em apresentações ao vivo, (Vide o belíssimo DVD Live at Bleinheim-2005) subindo ao piano, batucando-o por baixo, lembrando muito seu conterrâneo Sir Elton John em começo de carreira, além de ter um vozeirão privilegiado que assusta quem vê apenas sua foto nas capas do CD. Em "Twenty Something" Jamie está mais jazzy do que em "Cathing tales", mas mesmo nas pegadas mais pop ele surpreende pelo improviso e pela capacidade de trazer elementos do Jazz anos 50 de gente como Sinatra e King Cole a música de hoje. Se Jamie Cullum quer ser um gigante do jazz, os primeiros passos já estão bem dados.

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